Preço do boi gordo é mantido na casa de R$ 160,00 por arroba em São Paulo

Consultora prevê ofertas mais enxutas de bovinos prontos para abate

Clima seco dita mercado
03/07/2019 às 10:52 atualizado por Jorge Zaidan - SBA
Siga-nos no Google News

O mercado do boi gordo segue com preços firmes nesta quarta-feira, dia 3/7, em São Paulo, praça referencial de negócios pecuários. Produtores relatam ao Balizador de preços do GPB(Grupo Pecuária Brasil) que negociam com o frigorífico o valor de até R$ 160,00 por arroba de boi comum.

Há outros negócios informados de venda de boi a R$ 158,00/@ mais R$ 2,00 de bonificação, o que também representa pagamento de R$ 160,00/@.

A maioria dos negócios informados por pecuaristas de São Paulo tem prazo de pagamento variável, de três dias, sete dias e até 30 dias.

O Balizador também recebu informações de pecuaristas de Mato Grosso. Os machos são negociados na casa de R$ 146,00, com pagamento em 30 dias. Em Goiás, a arroba é negociada a R$ 145,00, com pagamento em três dias. Em Minas Gerais, a arroba é negociada a R$ 153,00 com pagamento em 30 dias.

Os dados acima referem-se a informações fornecidas por pecuaristas, que alimentam o Balizador, uma planilha contendo informações detalhadas de negócios com a indústria. Nela, são informados preço, prazo de pagamento, categoria e sexo do animal e bonificações, dentre outros.

De lado. Em nota divulgada nesta quarta, a empresa de consultoria Agrifatto aponta que as escalas de abate estão alongadas, e “na ausência de fatores altistas, a arroba do boi gordo caminha lateralizada”.

As escalas levantadas pela empresa atendem a 6,7 dias, próximas do maior patamar desde o final de maio. Em São Paulo e na região Centro-Oeste, as programações atendem a mais de 7 dias.

A Agrifatto estima, para os próximos meses, queda das ofertas de bovinos prontos para abate.  A justificativa é o clima mais seco e frio deste início de inverno, que pode prejudicar ainda mais as condições das pastagens, o que limita a engorda de animais no pasto.

“A oferta de animais de confinamento, não é suficiente para segurar os preços nos patamares atuais, e as indicações de compra das indústrias devem avançar nas próximas semanas”, informa a Agrifatto.

De acordo com a empresa de consultoria, “a ausência de fatores altistas limita tanto os preços no físico quanto nos contratos futuros, que recuaram nos últimos dias, mas o contrato para outubro/19 não deve romper a resistência nos R$ 160,00/@”.