Bolsas de NY fecham em queda expressiva com temores sobre techs e tombo de aéreas

04/11/2025 às 18:25 atualizado por Letícia Araújo*, especial para AE - Estadão
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As bolsas de Nova York encerraram a sessão desta terça-feira, 04, com baixas expressivas, em linha com o mau humor dos mercados acionários globais. No radar, preocupações acerca da sobrevalorização dos papéis de tecnologia e tombo de aéreas após paralisação do aeroporto Reagan, em Washington, e diante do contexto do impacto do shutdown para os controladores do tráfego aéreo.

O índice Dow Jones teve queda de 0,53%, aos 47.085,24 pontos. Já o S&P 500 recuou 1,17%, aos 6.771,55 pontos e o Nasdaq cedeu 2,04%, aos 23.348,64 pontos.

Wall Street operou com o sentimento de risco fragilizado por previsão dos CEOS da Capital Group, Goldman Sachs e Morgan Stanley de que os mercados acionários podem sofrer correção de até 15% nos próximos dois anos. A queda de 7,95% da Palantir, motivada por temores de valorização excessiva no ano, contribuiu para pesar no humor.

O setor de tecnologia caía em bloco, com a Intel (-6,25%), Nvidia (-3,96%), Oracle (-3,75%), Salesforce (-2,64%) e Alphabet (-2,18%) entre as principais quedas. A AMD (-3,70%) e a Super Micro Computer (-6,40%), que divulgam balanços após o fechamento, também caíram. A Apple destoou das demais e avançou 0,37%, em meio a notícias de que a empresa pretende lançar laptop mais barato.

A Tesla fechou em queda de 5,21%, após a Wall Street Journal publicar que o fundo soberano norueguês rejeitou o pacote de remuneração de US$ 1 trilhão para o CEO Elon Musk.

A Metsera saltou 20,50%, após receber nova oferta de compra da Novo Nordisk (ADR -1,75%) em meio ao interesse manifestado também pela Pfizer (-1,46%). Já a UnitedHealth caiu 0,89%, ante processo de venda de ativos fora dos Estados Unidos.

As ações de companhias aéreas recuaram fortemente após uma ameaça de bomba interromper o funcionamento do Aeroporto Reagan, em Washington. A United Airlines caiu 5,56%, enquanto a Delta perdeu 4,87% e a American Airlines cedeu 5,17% - esta última também reagindo a relatos de que a empresa pretende cortar centenas de empregos, conforme a Bloomberg.

Também pesava contra o apetite por risco a queda nas expectativas por novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed), enquanto o shutdown, no 35º dia, caminha para se tornar a paralisação mais longa da história.

*Com informações de Dow Jones Newswires