China sinaliza disposição para manter cadeia de suprimentos global estável em conjunto com EUA

11/11/2025 às 16:40 atualizado por Isabella Pugliese Vellani - Estadão
Siga-nos no Google News

Um porta-voz do Ministério do Comércio da China afirmou que Pequim está disposta a trabalhar com os EUA para promover a cooperação mutuamente benéfica entre as empresas dos dois países e garantir a segurança e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais, segundo documento divulgado nesta terça-feira, 11.

O comentário acontece após os chineses tomarem conhecimento da suspensão de Washington da "regra de penetração" de controle de exportações de 10 de novembro de 2025 a 9 de novembro de 2026.

De acordo com o representante chinês, a ação deve defender os princípios do respeito mútuo e da consulta igualitária, para fortalecer o diálogo e as trocas, administrar adequadamente as diferenças e criar conjuntamente condições favoráveis para a promoção da cooperação entre ambas as partes.

Em coletiva de imprensa, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, disse que o plano da presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, de adiar as tarifas contra produtos da China é atribuída "com grande importância ao desenvolvimento das relações sino-mexicanas".

"Diante do atual contexto de imposição de tarifas excessivas por certos países, a China e o México devem fortalecer a comunicação e a coordenação para defender conjuntamente o livre comércio e o multilateralismo, e promover conjuntamente a recuperação econômica global e o desenvolvimento do comércio internacional", acrescentou.

Em relação à possível eliminação da Huawei Technologies e da ZTE das redes de telecomunicações da União Europeia (UE), Lin defendeu que as empresas chinesas sempre conduziram seus negócios na Europa em conformidade com a lei. "Limitar ou proibir o acesso dessas empresas ao mercado por meios administrativos, sem qualquer fundamento legal ou base factual, viola gravemente os princípios de mercado e as regras da concorrência leal", disse.