Conab investirá R$ 300 mi para compra de 200 mil t de arroz da safra 2025/26
A aquisição do cereal será feita por operações de contratos de opção de venda (COV) e o produto será destinado à formação de estoques
Brasília, 1 - A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar 200 mil toneladas de arroz da safra 2025/26, que começa a ser plantada neste mês, com investimento de cerca de R$ 300 milhões. A aquisição do cereal será feita por operações de contratos de opção de venda (COV) e o produto será destinado à formação de estoques.
O anúncio foi feito pelo presidente da empresa pública, Edegar Pretto, durante participação na Expointer, feira agropecuária realizada em Esteio, no Rio Grande do Sul. O instrumento do Contrato de Opção de Venda permite aos produtores e cooperativas vender ou não seu produto ao governo, em uma data futura, por um preço previamente fixado. Caso os preços praticados no mercado superem os ofertados pela estatal, produtores podem não executar o contrato com a empresa pública.
De acordo com a Conab, o objetivo da operação é garantir "preços justos ao produtor" e estimular a produção do cereal. "É a mão amiga do governo federal sinalizando, antes mesmo da semeadura, a opção de venda por um preço que viabiliza economicamente o cultivo de arroz, permitindo que o produtor possa fazer o planejamento da sua lavoura, com a segurança de que terá uma remuneração adequada na comercialização do produto", disse Pretto na nota. "Caso ele opte por vender ao governo, o arroz irá para os estoques públicos, e contribuirá para o abastecimento alimentar", acrescentou.
Os preços a serem pagos aos produtores, as datas de negociação e vencimento dos contratos serão definidos pelo governo federal e publicados em portaria interministerial, segundo a Conab. Esta será a terceira rodada de contratos de opção de venda envolvendo arroz realizada pela Conab, com aporte de R$ 1,5 bilhão. No ano passado, a Conab negociou 91 mil toneladas de arroz por COV e neste ano outras 109,2 mil toneladas foram comercializadas por meio da operação. "O arroz dos estoques públicos pode ser utilizado para abastecer a população em situações de crise ou emergência, além de evitar oscilações bruscas e manter preço justo ao consumidor", explicou a companhia na nota.