Dólar recua com trégua política nos EUA e alta de inflação ao consumidor na China
Após cair a R$ 5,3357 na sexta-feira, menor valor em um mês, o dólar volta a ceder no mercado à vista, acompanhando o fortalecimento das moedas emergentes ligadas a commodities, após o aumento inesperado da inflação ao consumidor na China em outubro. Por volta das 9h30, o dólar à vista rodava em torno dos R$ 5,30.
O avanço das negociações no Senado americano para encerrar a paralisação do governo também contribui para o apetite por risco, embora o projeto ainda dependa da aprovação na Câmara. Os senadores aprovaram, por 60 a 40, um acordo bipartidário que estende o financiamento do governo até janeiro, prevê votação em dezembro sobre os créditos fiscais do Obamacare e reverte demissões de servidores.
Na China, o CPI subiu 0,2% em outubro ante igual mês de 2023, contrariando a expectativa de queda de 0,2% da FactSet e revertendo o recuo de 0,3% de setembro.
O governo chinês também suspendeu sanções a estaleiros sul-coreanos e flexibilizou exportações de minerais críticos, como gálio, germânio, antimônio e grafite, após a trégua comercial com Washington. As restrições haviam sido impostas em 2024 em resposta aos controles dos EUA sobre chips avançados.
Com a agenda doméstica esvaziada, o mercado adota um compasso de espera pelo IPCA e pela ata do Copom, que serão divulgados amanhã.
No boletim Focus, a projeção suavizada do IPCA em 12 meses passou de 4,06% para 4,08%. Para 2025 e 2026, as projeções medianas para a inflação seguem em 4,55% - acima do teto da meta - e 4,20%, respectivamente.
O IPC-S subiu 0,23% na primeira quadrissemana de novembro, acumulando alta de 3,98% em 12 meses, segundo a FGV.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, vetou a participação da Anatel na operacionalização do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Digital.
Nos EUA, um tribunal federal de apelações rejeitou pedido do governo Trump para suspender o pagamento integral dos benefícios de assistência alimentar de novembro, obrigando a liberação dos valores em até 48 horas, salvo decisão contrária da Suprema Corte.
No Japão, a primeira-ministra, Sanae Takaichi, disse que trabalhará para definir uma nova meta fiscal que permita maior flexibilidade nos gastos e reiterou os apelos para que o Banco do Japão (BoJ) reduza o ritmo dos aumentos da taxa de juros, em comentários no parlamento nesta segunda-feira. O BoJ indicou que um novo aumento de juros pode estar próximo, segundo o Sumário de Opiniões da reunião de política monetária de 29 e 30 de outubro.



