Gerdau: lucro líquido ajustado é de R$ 1,09 bi no 3tri25, queda de 23,9% ante o 3tri24

30/10/2025 às 19:03 atualizado por Talita Nascimento e Camila Vech especial para AE - Estadão
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A Gerdau reportou lucro líquido de R$ 1,09 bilhão no terceiro trimestre de 2025, uma queda de 23,9% em relação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado ficou em R$ 2,737 bilhões, um recuo de 9,2% na comparação anual. A receita líquida, por sua vez, somou R$ 17,983 bilhões, alta de 3,5% ante o período correspondente de 2024.

Segundo a companhia, o avanço da receita no terceiro trimestre é explicado principalmente pelo aumento do volume de vendas em 9,1% no período, com destaque para a América do Norte que contribuiu com 50% da receita consolidada, mesmo diante da desvalorização do dólar frente ao real no período em 3,8%.

Já o custo das vendas por tonelada foi 1,9% inferior entre julho e setembro na comparação anual, com o menor custo por tonelada na América do Norte e América do Sul, resultado da redução de custos fixos e ganhos de produtividade, mais do que compensando o aumento do custo por tonelada no Brasil.

A Gerdau investiu R$ 1,7 bilhão em Capex no trimestre, sendo aproximadamente 60% destinados à competitividade das operações. No Brasil, os investimentos permitiram a conclusão do ramp-up da linha de bobinas a quente na planta de Ouro Branco (MG), que adicionou 250 mil toneladas de capacidade anual. Nos Estados Unidos, a companhia iniciou comissionamento a quente da nova instalação de downstream (Projeto Solar Pile) em Midlothian, no Texas, com foco em energia solar.

O plano de investimentos em capex anunciado para 2026 será de R$ 4,7 bilhões, 22% inferior ao estimado para 2025.

A dívida líquida da Gerdau encerrou setembro em R$ 8,770 bilhões, 3,8% menor que no trimestre finalizado em junho, quando registrou R$ 9,116 bilhões.

O resultado financeiro apresentou uma melhora de 33,4% e 30,9% em relação ao trimestre anterior e a um ano antes, respectivamente, influenciado pelo aumento das receitas financeiras, totalizando R$ 223 milhões negativos.

A alavancagem (dívida líquida/Ebitda ajustado) ficou em 0,81 vez ante 0,32 vez na comparação anual, patamar saudável e abaixo da política de endividamento da companhia.