Ideia é que faseamento siga nos próximos anos como instrumento de prudência fiscal
O secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gustavo Guimarães, afirmou nesta sexta-feira, 21, que o faseamento tem se mostrado um instrumento bastante importante de prudência fiscal e que é natural que ele seja utilizado nos próximos anos.
"Ele foi importante no ano passado e neste ano tem sido fundamental para garantir, dar segurança, para todos nós de que o governo vai atingir a meta fiscal", afirmou, em entrevista à CNN Money.
Segundo Guimarães, atualmente, a "gordura" formada pelos cerca de R$ 23 bilhões que foram faseados até o final do ano dá segurança, além dos R$ 12,1 bilhões que foram bloqueados do Orçamento, de que o governo atingirá o intervalo da meta de resultado primário.
"Ele tem nos ajudado a tornar o gasto da despesa pública mais previsível ao longo dos bimestres", disse Guimarães. Ele emendou que o instrumento também tem contribuído para reduzir o chamado "empoçamento" - situação em que o governo chega no final do ano sem conseguir gastar o que foi empenhado. "Como você está dosando o empenho ao longo do ano, é natural que esse empoçamento fique menor porque os órgãos foram empenhando as despesas ao longo do ano de uma forma mais gradual."
Guimarães frisou que o faseamento é um instrumento previsto pelas regras fiscais e que a ideia é que ele se consolide cada vez mais. "É por isso que estamos conversando com vocês, para que ele fique mais claro para a sociedade e para os agentes econômicos. Nós temos buscado e vamos continuar buscando trazer ainda mais transparência para esse instrumento."



