Meat Institute rebate acusações de Trump sobre manipulação de preços
São Paulo, 10 - O Instituto da Carne dos Estados Unidos (Meat Institute) reagiu às acusações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre suposta manipulação de preços no setor de processamento de carne bovina, afirmando que os frigoríficos vêm operando com prejuízo há mais de um ano e que as transações do mercado são transparentes e fortemente regulamentadas.
"Apesar dos altos preços da carne bovina para o consumidor, os frigoríficos têm sofrido perdas devido ao custo recorde do gado e à oferta restrita", declarou a presidente do Meat Institute, Julie Anna Potts, em nota.
Segundo ela, dados oficiais do Departamento de Agricultura (USDA) confirmam que o setor enfrenta "perdas catastróficas" e que a situação deve persistir até 2026.
O instituto defende que o debate sobre os preços deve ser baseado em fatos, ressaltando que frigoríficos e pecuaristas são interdependentes e que toda a cadeia produtiva é mais forte quando há equilíbrio entre oferta e demanda. "Os frigoríficos permanecem comprometidos em garantir que a carne bovina segura, saborosa e nutritiva continue acessível às famílias americanas", afirmou Potts, convidando Trump e sua equipe a visitarem instalações do setor para conhecer o funcionamento da indústria.
A manifestação ocorreu após o presidente Donald Trump solicitar ao Departamento de Justiça (DoJ) uma investigação sobre empresas empacotadoras de carne, acusadas de formar conluios e manipular preços. Em publicações na rede Truth Social na sexta-feira passada, Trump alegou que os frigoríficos - muitos deles de propriedade estrangeira - estariam inflacionando artificialmente o preço da carne, prejudicando os produtores americanos e os consumidores.
"Os pecuaristas americanos estão sendo culpados pelo que está sendo feito por empacotadores de carne majoritariamente de propriedade estrangeira", escreveu Trump. O republicano pediu "ação rápida" do DoJ e afirmou haver "algo suspeito" no fato de os preços do gado terem caído substancialmente, enquanto o preço da carne ao consumidor segue em alta.
O embate ocorre em um momento de forte volatilidade nos preços agrícolas e de pressão inflacionária sobre alimentos nos Estados Unidos. Analistas apontam que a oferta limitada de gado e os custos crescentes de produção têm pressionado toda a cadeia da carne bovina, tornando o tema um foco de disputa política e econômica no país.
Com a abertura da investigação, o governo americano deve analisar se há práticas anticompetitivas no setor e qual o impacto real da estrutura de mercado sobre os preços ao consumidor e a renda dos pecuaristas - dois temas centrais na agenda econômica e eleitoral de 2025.
*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela equipe do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado



