Ouro fecha em alta, em espera por ata do Fed e sem payroll de outubro nos EUA
O ouro fechou em alta nesta quarta-feira, 19, apoiado pela busca por proteção em meio ao clima de aversão a risco global e à cautela dos investidores antes da ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) e do payroll dos EUA da quinta-feira, referente ao mês de setembro. O anúncio de que o relatório de empregos de outubro não seria publicado apagou parte dos ganhos do metal durante a tarde, com o aumento das chances de manutenção de juros pelo Fed em dezembro.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para dezembro encerrou em alta de 0,4%, a US$ 4.082,8 por onça-troy.
Analistas do ANZ Research afirmaram que "os mercados acionários ficaram no vermelho em todo o mundo em meio a nervosismo com avaliações esticadas". Esse movimento, acrescentam, estimulou uma "mudança para o modo de aversão a risco" e favoreceu compras de ativos de proteção, como o ouro. A volatilidade aumenta com a proximidade do payroll da quinta-feira.
Do lado técnico, o StoneX destacou sinais de recuperação no curto prazo. O analista Matt Simpson observou a formação de um segundo "martelo de alta" no gráfico diário, indicando possível "fundo de reversão". Segundo ele, superar a máxima de terça (US$ 4.084) abriria espaço para teste das regiões de US$ 4.200 e US$ 4.250.
O TD Securities diz que as compras do metal precioso cresceram no ano, mas perderam força no terceiro trimestre. O fluxo vem sobretudo de gerenciamento de riquezas e fundos hedge. Bancos centrais seguem comprando, mas os fluxos de fundos ainda dominam o mercado.
A Capital Economics reiterou que o comércio dos EUA segue afetado por oscilações nas importações de ouro. Em relatório, a consultoria disse que o déficit encolheu em agosto "principalmente devido à queda nas importações de ouro", que recuaram US$ 9,3 bilhões no mês.
*Com informações da Dow Jones Newswires



