Para diretora, descarbonização deixa Petrobras competitiva nos próximos anos
A descarbonização das operações da Petrobras é uma questão de competitividade, e vai garantir a venda de petróleo nos próximos anos, disse nesta terça-feira, 4, a gerente de portfólio de descarbonização da área de mudança climática da estatal, Fernanda Diniz, em evento que reuniu representantes do Brasil e da França na Casa Firjan, no Rio de Janeiro.
Segundo a executiva, desde 2015 a Petrobras reduziu as emissões de gases de efeito estufa (GEE) em 40%. "Quando olhamos para o metano, que é crítico, a redução foi de 70%", destacou a executiva durante debate no Fórum Econômico Brasil-França, realizado na Casa Firjan, no Rio de Janeiro.
Diniz destacou a atratividade do petróleo produzido pela Petrobras no pré-sal, que teria 10 quilos de CO2 por barril equivalente, enquanto a indústria global tem média de 17 quilos de CO2 equivalente por barril.
"Mas manter essas emissões decrescentes é um desafio muito grande. Temos que avançar em ações mais disruptivas, que demandam altos investimentos", disse Diniz, ressaltando que a Petrobras tem 14 novos sistemas de produção de petróleo planejados para os próximos anos.
"No refino, também estamos ampliando, até para desenvolver bioprodutos. Isso faz com que a gente tenha que avançar de forma bastante grande na descarbonização", explicou, lembrando que a estatal se comprometeu a atingir emissões líquidas neutras de carbono até 2050.
A executiva informou ainda, que a Petrobras vem acompanhando de perto a elaboração do Plano Clima, para entender de que forma as ações da companhia estão alinhadas com o documento. "A gente vem acompanhado e entendo que vai ser um grande norteador para o nossos passos, assim como o mercado de carbono. A Petrobras já atua no mercado voluntário de carbono, e agora virá de forma mais clara", avaliou.



