Operação no Pará pode destinar 6 mil cabeças de gado ilegais ao Rio Grande do Sul
As cabeças de gado serão retiradas em operação emergencial na Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, em Novo Progresso (PA)
Uma operação emergencial para retirada de gado criado de forma ilegal na Floresta Nacional do Jamanxim (Flona), em Novo Progresso, Pará, pode destinar cerca de 6 mil cabeças de gado criado ilegalmente ao Rio Grande do Sul.
A recomendação, dada pelo Ministério Público Federal (MPF), tem como objetivo além de ajudar o estado, que vem sofrendo com as fortes enchentes, agilizar as tratativas para a resolução da atividade ilegal exercida na Flona e da destruição ambiental que ela vem causando no local.
A operação, realizada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação (ICMBio), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), o MPF, Polícia Rodoviária Federal e da Força Nacional de Segurança Pública, quer após a retirada, fazer o beneficiamento da carne e doar para a população gaúcha.
O MPF reforça a necessidade de autuação e multa para os casos em que ficar evidenciada fraude sanitária, medida importante para responsabilização nas esferas cível e criminal em relação à prática da “lavagem de gado”.
Sobre a floresta – A Flona do Jamanxim é uma das Unidades de Conservação mais desmatadas no país. Desde a sua criação, em 2006, uma área equivalente a 115 mil campos de futebol virou pastagem ilegal na floresta, aponta o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Também segundo dados do ICMBio, há cerca de 100 mil cabeças de gado na Flona do Jamanxim e em outras duas outras Flonas próximas a ela (Crepori e Itaituba II). Aproximadamente 85% das vendas são de animais criados na Flona do Jamanxim.
Informações: Ministério Público Federal no Pará