Sinais trocados do governo causam insegurança
Presidente da Faesp lamentou a falta de clareza nas ações que serão tomadas, já que se criou uma comissão para negociação e fala-se em reciprocidade
“Os sinais trocados do governo causam insegurança ao setor agropecuário”. Essa é a opinião do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), Tirso Meirelles, que lamenta a falta de clareza do governo na definição do caminho a seguir em relação ao anúncio de tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras para os Estados Unidos, com previsão de entrada em vigor no dia 1º de agosto.
Meirelles ressaltou que, a pouco mais de uma semana para a vigência, os representantes das cadeias produtivas, não apenas do setor agropecuário, não sabem se o que vale é a comissão comandada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ou se será a retaliação, com a reciprocidade de tarifas, alardeada pelo presidente retaliação
“Sabemos da capacidade do vice-presidente em negociar, mas é preciso ter uma clara noção de quem está à frente dessa negociação. Essa dualidade de posições não permite que se tenha clareza sobre o que fazer. Mais uma vez reitero a necessidade da nossa diplomacia, reconhecida há mais de um século, fazer o seu trabalho em prol do país”, frisou Meirelles.
O presidente, que se reuniu com cerca de 200 presidentes de sindicatos rurais paulistas no final de semana, diz que essa tem sido uma preocupação comum aos produtores. Esse foi o principal assunto do encontro de lideranças do setor agropecuário paulista.
Fonte: Faesp